Ser família, viver em famíliaO mundo em que vivemos e nos movemos inquieta-nos. Quando olhamos para a realidade familiar em que estamos inseridos e é necessário encontrar soluções para os mais variados problemas (crianças, adolescentes, jovens e adultos) nem sempre sabemos a quem recorrer e avaliar as condições que nos são propostas pelo variado leque de instituições existentes. As creches, infantários, ATL, apoio domiciliário, apoio integrado, lares e famílias de acolhimento são hipóteses que se colocam em cima da mesa, quando o nosso dia-a-dia familiar nos empurra para fora da porta, por causa do emprego. As estruturas e os ambientes familiares sofrem mudanças radicais. As crianças passam a maior parte do seu tempo em ambientes escolares onde entram a dormir e saem a dormir (creches). Os pais cansados dos seus trabalhos correm para os levar, correm para irem buscá-los. As crianças crescem os pais envelhecem, a vida continua e as respostas vão aparecendo conforme as necessidades existentes. Não chega existirem instituições para ajudar as famílias, é preciso mais. É preciso melhor. É preciso espaços que sejam autênticos ninhos de amor, de cordialidade, escola de afetos. Espaços envolventes em que o utente e o auxiliar que com ele convive se entre ajudem. É preciso reinventar a família, torná-la naquilo que ela deve ser: espaço de crescimento, partilha de saberes, lugar de conselhos, lugar de afetos, espaço de envelhecimento/saber partilhado. Numa palavra viver em alegria e felicidade. “Filho és pai serás. Assim como fizeres assim receberás” Procurai o melhor para os vossos. Dai o melhor aos vossos. Este é o lema, esta é a exigência da nossa casa de São Jorge: ser família, viver em família. Pe. Belmiro Esteves de Amorim |
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